quarta-feira, 22 de agosto de 2012
MOINHOS AGORA DISPUTAM O TRIGO NACIONAL
Depois de muito desdenhar o trigo brasileiro pelas suas características "pouco adequadas" à fabricação de pão, a indústria nacional agora disputa o cereal. Com os preços internacionais em disparada, os moinhos olham para o cereal brasileiro como boa alternativa de negócio. O trigo argentino chega a São Paulo por R$ 790 a tonelada, preço 20% mais alto que o do nacional (R$ 650). Moinhos estrangeiros também querem o trigo brasileiro. No Rio Grande do Sul, 800 mil toneladas da safra a ser colhida em outubro já foram compradas.
Depois de muito desdenhar o trigo brasileiro pelas suas características "pouco adequadas" à fabricação de pão, a indústria moageira nacional está agora disputando a tapa o cereal nativo, ainda em fase inicial de colheita. Com os preços internacionais do trigo disparando, os moinhos olham para o cereal brasileiro como uma boa oportunidade de negócio. Ontem, a importação de uma tonelada de trigo argentino chegava a São Paulo por R$ 790. O valor é pelo menos 20% mais alto do que o pedido no mercado brasileiro (R$ 650), segundo informações da consultoria Safras & Mercado.
O problema é que não é só a indústria brasileira que está de olho no trigo nacional. O mercado externo já cravou sua posição. Segundo levamento da Pilla Corretora de Cereais, de Porto Alegre, há neste momento 800 mil toneladas do cereal do Rio Grando do Sul - que será colhido a partir de outubro - vendido antecipadamente para exportação. O volume representa em torno de um terço da safra gaúcha, estimada em 2,6 milhões de toneladas. Na mesma época do ano passado, essa comercialização antecipada não superava 350 mil toneladas, segundo a corretora.
Como a colheita brasileira ainda está muito incipiente - no Paraná, apenas 2,5% da área foi colhida - e as importações, proibitivas, o aperto na oferta agonia a indústria. "Na média, os moinhos têm estoques para um mês. Por isso, os leilões do governo estão sendo muito procurados", diz o presidente do Moinho Pacífico, Lawrence Pih.
Fonte: http://abima.com.br/notNotciasAbimaDp.asp?cod=407
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