Um levantamento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) concluiu que se os alimentos da cesta básica brasileira fossem desonerados, o valor da produção de todos os setores ganharia um acréscimo de R$ 22,8 bilhões, o que elevaria em R$ 10,9 bilhões (0,4%) o PIB (produto interno bruto).
A medida também geraria 416 mil novos empregos, segundo pesquisa feita pelo Departamento do Agronegócio da Fiesp, divulgada nesta quarta-feira (1º).
A análise da entidade (que é favor da aprovação de Projeto de Lei que propõe a redução de impostos na cesta básica) também aponta que quanto menor a renda, maior o peso dos alimentos no orçamento familiar.
Cerca de 30% do rendimento das famílias com ganhos inferiores a dois salários mínimos são destinados à compra de alimentos, enquanto famílias que ganham mais de 25 salários mínimos gastam apenas 12,7% de seu orçamento com a alimentação, de acordo com a Fiesp.
Para a entidade, a desoneração desses tributos não traria prejuízos, mas sim um efeito multiplicador, pois, com mais folga no orçamento, as famílias passariam a consumir outros bens e serviços, contribuindo para movimentar a economia como um todo.
"Por se tratar de um setor no qual a competição é acirrada, os produtores e a indústria repassarão naturalmente aos consumidores o benefício da desoneração, sob pena da perda de mercado. Assim, a redução tributária beneficiaria toda a sociedade", afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
O Projeto de Lei 3154/12 prevê a desoneração total do PIS, da Cofins e do IPI da cesta básica nacional. A proposta contemplaria produtos como açúcar, biscoitos, café, carne bovina, carne de frango, carne suína, margarina, óleo de soja, pães, arroz, feijão, macarrão, farinhas, leite, tomate, batata e banana.
Fonte: Blog Abima
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